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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Novas descobertas sobre as células-tronco

Cientistas criam células-tronco sem destruir embrião

10/01/2008 13:44 - extraída do site Acesso em 18 jan 2008

Isso foi possível a partir da extração de apenas uma célula do embrião seguindo um procedimento utilizado nas clínicas de fertilização in vitro

Em um avanço que poderia pôr fim ao debate ético sobre o uso de embriões humanos na pesquisa médica, cientistas desenvolveram uma maneira de criar células-tronco embrionárias humanas sem causar danos ao embrião.

Isso foi possível a partir da extração de apenas uma célula do embrião seguindo o procedimento utilizado nas clínicas de fertilização in vitro para a realização de testes de detecção de falhas genéticas.

Uma vez extraída a célula, inseriram uma simples molécula, denominada laminina, de maneira que esta preservasse a pluripotência* que caracteriza as células-tronco embrionárias.

O desenvolvimento do embrião não foi afetado pelo procedimento e pôde se desenvolver normalmente, segundo o estudo divulgado pela revista americana Cell Stem Cell.

A nova técnica promete, assim, acelerar as possíveis aplicações clínicas de terapias com células-tronco para uma ampla variedade de doenças.

Estas células pluripotentes têm a capacidade de se converter em qualquer tecido do organismo e oferecem, por isso, a esperança de cura para várias doenças atualmente incuráveis, além da possibilidade de reparar órgãos destruídos por um câncer ou um acidente.

Este novo procedimento pode dar fim ao debate sobre a questão moral da utilização de embriões humanos para a pesquisa médica. A polêmica gerada em torno destas pesquisas reside no fato de que, com as técnicas atuais, os embriões são destruídos no processo de extração de células-tronco.


Células-Tronco produzidas através de células de pele humana

Duas equipes de cientistas superaram recentemente este problema ao conseguirem transformar células de pele humanas em células-tronco.

As
células de pele devem se tornar na fonte mais comum de células-tronco, afirmou o pesquisador australiano Alan Trounson, que lidera o maior projeto mundial de pesquisa de células-tronco, no Instituto de Medicina Regenerativa da Califórnia.

As células da pele, contudo, ainda não estão prontas para um uso clínico porque o processo de transformação introduz alterações genéticas e vírus potencialmente mortíferos.

Isso significa que as células-tronco embrionárias, que não possuem o mesmo risco de mutação, são atualmente a única opção para aplicações terapêuticas, afirmou Trounson.

"Também vai haver muita gente interessada nas células-tronco embrionárias porque são de qualidade de ouro", disse à AFP, explicando que as células-tronco derivadas da pele ainda não foram completamente estudadas.

O cientista pioneiro em células-tronco, Robert Lanza, conta que a nova técnica que ajudou a desenvolver para preservar o embrião, incentivará as autoridades americanas a liberarem fundos para investigar novas linhas de células-tronco embrionárias.

O presidente americano George W. Bush proibiu em 2001, em nome da proteção da vida desde a concepção, o uso de verbas federais em pesquisas com novas séries de células-tronco embrionárias humanas.

Em outros países a pesquisa com células-tronco foi proibida por preocupações éticas.

"Nos próximos meses, poderíamos fazer tantas células destas quanto quiséssemos", disse Lanza, pesquisador da Advanced Cell Technology.

"Elas são utilizáveis (as células-tronco derivadas da pele). Não estão geneticamente modificadas. Estão aqui", destacou.

Um dos principais opositores à pesquisa com células-tronco, no entanto, estimou que o método de Lanza - "apesar de moralmente plausível" - "ainda não traz uma solução ética".

"Qualquer procedimento que ponha em risco a saúde e a vida de um embrião humano para propósitos que não beneficiem diretamente ao embrião é moralmente inaceitável", opinou o pastor Tadeusz Pacholczyk, diretor da educação do National Catholic Bioethics Center.

AFP

*Pluripotência (biologia celular)

Pluripotência consiste na capacidade que têm as células-troco de se diferenciar (se transformar) em qualquer tecido corporal. Isso ocorre por que elas podem se tornar qualquer uma das camadas germinativas (endoderma, mesoderma e ectodema). Entretando, essas células não podem sozinhas se desenvolver em um ser adulto porque elas não podem têm capacidade de gerar tecido extra-embrionário, como a placenta.

Adaptado da Wikipédia. Confira o texto integral em Acesso em 18 jan 2008


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